Protestante (ver protestantismo): O termo "protestante" (latim protestari) tornou-se alcunha para
identificar aqueles que rejeitaram a autoridade papal e formaram comunidades
independentes da Igreja Católica Roma. O marco
fundante deste termo foi a chamada segunda
Dieta de Espira, ocorrida em 1529, presidida na ausência do Imperador
Carlos V, por seu irmão, o rei Fernando, forte papista, onde se discutia, revogar
o edito anterior e mais tolerante de 1526 que permitia aos príncipes alemães conduzirem
as questões religiosas dentro de seus respectivos territórios. Após intensos e
tensos debates, antes de ser votado o decreto, os membros favoráveis à causa iniciada
por Lutero, entre eles os eleitores Frederico da Saxônia, Landgrave de Hesse,
Albert Margrave de Brandenburg, Duques de Lüneburg, Príncipe de Anhalt,
juntamente com os catorzes deputados das cidades livres, retiraram-se
temporariamente a uma sala contígua, para uma conferência, e aí formularam uma
declaração que começava assim; "Nós protestamos e declaramos abertamente
diante de Deus e de todos os homens...". A partir de então, os que
assim protestaram, passaram a serem referidos pelos seus adversários pelo apodo
de "protestantes". Se no primeiro momento o termo referia-se mais
especificamente aos luteranos, retrocedendo-se ao momento simbólico quando
Lutero em 1517, em um ato de protesto às distorções e práticas
então vigentes na Igreja Católica Romana, expõe suas Noventa e Cinco Teses, na cidade universitária de Wittenberg na
Alemanha, até o final do século XVI e dai por diante, o adjetivo e o
substantivo "protestante"
passou a ser amplamente utilizado para se referir a quaisquer pessoas ou grupos
que se oponham ao catolicismo romano. Deste modo a reforma religiosa passou a
ser conhecida desde então como a "Reforma Protestante"..
Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira Mestre em Ciências da Religião.
Universidade Presbiteriana Mackenzie
me.ivanguedes@gmail.com
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