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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

A Reforma Protestante, Seu Contexto Humanístico e Suas Implicações para a Educação (Graduação Pedagogia)



“Mesmo que não existissem alma nem inferno, deveríamos ter
escolas para as coisas deste mundo”
Martinho Lutero

A Reforma Protestante do séc. XVI, com todas as suas consequências religiosas, sociais e morais, trouxe repercussões significativas à Educação, principalmente no tocante à instrução de leigos, homens e mulheres não pertencentes ao clero. Até então, estes constituíam a camada mais inferiorizada da hierarquia social da Idade Média mas, principalmente a partir do séc. XVI, passaram a obter maior valor junto às outras camadas sociais. Isto se deve, grosso modo, a dois fatores: a obtenção do direito ao livre exame das Escrituras Sagradas, e o reconhecimento de suas habilidades manuais como vocação divina. O propósito deste trabalho constitui-se na tentativa de elucidar o grande movimento de mutação sociológica e histórica que foi a Reforma Protestante, salientando suas implicações para a Educação.

Palavras-chaves: Humanismo; Reforma Protestante; Educação; Instrução; Leigos.

Sumário
Introdução 02
Metodologia 04
Capítulo I: Humanismo 05
i.       Humanismo/Escolástica 08
ii.      A escola 08
iii.     Hermenêutica e sedimentação dos comentários 10
iv.     O latim clássico 11
v.      O regresso do grego 12
vi.     A técnica do livro 13
vii.    A Europa do livro impresso 13
viii.   Humanismo e Imprensa 15
ix.     O humanismo como um meio de existência 17
x.      A difusão da Bíblia 19
Capitulo II: Lutero e a Reforma Protestante 23
i.       A escola 27
ii.      A justiça concedida por Deus               29
i.       A educação religiosa calvinista 64
ii.      A educação religiosa anglicana 66
iii.    Concepção do grau de instrução entre Protestantes segundo Houston 74
iv.     A Concepção de vocação de Lutero 81
Conclusão 90
Referências Bibliográficas 92

Introdução

A Educação, como instituição privilegiada da sociedade, teve um desenvolvimento e uma trajetória peculiares no decorrer da história da humanidade. Inúmeras são as etapas desta trajetória, bem como divergentes entre si as visões e concepções que se têm das mesmas.
Minha intenção é deter-me em uma destas fases, a saber, a educação nos séculos XVI e XVI, período da Reforma Protestante e pós, em que, de uma maneira inovadora, os leigos tiveram acesso à alfabetização e à instrução em geral, como nunca antes em toda a história da humanidade, a fim de poderem apropriar-se do direito ao livre exame das Escrituras. Até então, os mesmos permaneciam, naturalmente, na escala mais baixa do sistema hierárquico do catolicismo romano. Vários níveis de posição separavam-nos dos bispos colocados no topo. Enquanto a Igreja estava cada vez mais institucionalizada, os cristãos comuns tornavam-se cada vez mais inúteis nas atividades eclesiásticas. Gradativamente o seu papel foi tomando-se o de receber, aceitar inquestionavelmente e seguir obedientemente o que vinha do alto da escala hierárquica.
A chamada Idade das Trevas manteve essa tendência. Enquanto a Igreja e o Estado continuavam a disputar a sujeição das massas populares, os leigos não se sentiam encorajados a ir muito além do cumprimento à risca das ordenanças e regulamentos impostos pela igreja.
Contudo os reformadores do século XVI foram homens que, incorporando a coragem e a autonomia de pensamento, típicas do movimento humanista de então, adquiriram a incrível capacidade de refletir minuciosamente e confrontar a instituição mais poderosa do mundo de então, o catolicismo romano.
Primeiramente, procurei deter-me na abordagem do Humanismo, posicionamento filosófico da época e instrumento de conhecimento através do qual as mentes iluminadas e esclarecidas, encontraram terreno fértil para desenvolverem e fazer vingar suas ideias.
Os reformadores do século XVI foram, sem dúvida alguma, homens que se destacaram, entre outras razões, por trazerem consigo uma abordagem significativamente diferente da condição e papel do laicato, bem como da instrução do mesmo.
Pouco tempo após a Reforma Protestante do séc. XVI, ainda nos anos mil e quinhentos, tem-se conhecimento de que a população nos territórios luteranos demonstrava deter um fndice muito maior de conhecimento da leitura e da escrita do que a população das áreas Católicas (Houston, 1988, p.148).
A Renascença juntamente com a Reforma estava proporcionando à educação um número cada vez maior de pessoas não pertencentes ao clero.
Tudo isto levou os leigos, isto é, as massas populares, a desempenharem um papei mais positivo não apenas na igreja como também na sociedade.

RESENDE, Ana Carolina Franzolin Araújo. Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado como exigência parcial para obtenção da Graduação em Pedagogia pela Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas, sob orientação do Prof.Dr. Zacarias Pereira Borges. Campinas (SP), 2005.

Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
Universidade Presbiteriana Mackenzie
me.ivanguedes@gmail.com
Outro Blog
Reflexão Bíblica
http://reflexaobiblica.spaceblog.com.br/

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