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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

As Sessenta e Sete Teses [Artigos] de Urich Zuínglio (1484-1531)


Quando falamos sobre a Reforma Religiosa e/ou Reforma Protestante que ocorreu no século XVI, um trio de personagens se sobressai: Lutero, Calvino e Zwínglio. Entretanto, os dois primeiros tornaram-se muito conhecidos e populares entre os estudiosos deste movimento reformista religioso, enquanto Zwínglio tornou-se uma espécie de “patinho feio”, relegado ao menos no Brasil, há um plano secundário da historiografia protestante.

Duas razões esclarecem, mas não justifica esse ostracismo de Zwínglio: suas propostas foram sempre mais contundentes e ele não tinha qualquer duvida em defendê-las até à luta armada;[1] segunda razão é que ele morre relativamente cedo, em batalha, servindo como capelão das tropas. Desta forma, Lutero e Calvino tiveram muito mais tempo para estabelecerem suas teses teológico-eclesiásticas, e, portanto, influenciaram muito mais os movimentos reformistas que se espalharam por toda Europa e posteriormente por todo o mundo. 
Apesar de serem contemporâneos separados apenas por dois meses de nascimento, seus movimentos reformistas foram autônomos, ainda que paralelos. Enquanto Lutero iniciava seu movimento na Alemanha, Zwínglio liderava igual movimento reformista na confederação suíça de Zurique.[2]
          Ainda que as 95 Teses de Lutero (31 de outubro de 1517) sejam amplamente conhecida e tida como ponto de partida do movimento reformado, Zwínglio também havia elaborado semelhante conjunto de teses (67) que foram apresentadas e defendidas diante das autoridades civis e da população da cidade de Zurique.
          O debate entre Zwínglio e seus companheiros com as autoridades representativas do clero Católico Romano ocorre no dia 29 de janeiro de 1523. Após o debate o Conselho Municipal decidiria se adotaria ou não o programa reformatório proposta por Zwínglio.
O debate ocorre na presença de mais de 600 pessoas que tinham entrado no salão. Zwínglio e seus partidários[3] munidos da Septuaginta, o Antigo Testamento hebraico e o Novo Testamento grego, juntamente com uma cópia da Vulgata Latina tomam assento. A discussão foi totalmente dominada pelo conhecimento e capacidade de oratória de Zwínglio enquanto seus oponentes apresentaram poucas e frágeis argumentações que foram amplamente desconstruída e destituída de suas fundamentações bíblicas pelo reformador suíço. No final das discussões, um pároco da aldeia levantou-se e disse: "se ninguém diz alguma coisa contra Zwínglio e ninguém o contradiz, então ele está certo e o Bispo errado". A cidade de Zurique tornou-se o primeiro estado protestante por iniciativa magisterial. Em 14 de julho de 1523 os 67 artigos e sua explanação foram publicados em Zurique pelo impressor Froschauer. O movimento iniciado por Zwínglio difunde-se na Suíça de fala alemã e no sul da Alemanha.
          Tendo todo o apoio das autoridades civis e da população da cidade, Zwínglio empreende as reformas propostas em suas teses, agora promulgadas:
ü  Enfatiza a natureza corporativa da igreja, pois defendia que o clero e os leigos formavam uma única "comunidade santa".
ü  Também levanta o tema do celibato e após demonstrar que não há respaldo bíblico, ele mesmo assume seu casamento,[4] para a indignação dos seus críticos e adversários [Lutero fará o mesmo].
ü  O Conselho de Zurique decidiu proibir a prática de exigir honorários para o batismo, a Eucaristia e o enterro.
ü  O clero deve pregar apenas a partir das Escrituras e a partir de suas línguas originais (hebraico e grego) e não mais da Vulgata Latina.
ü  As imagens e relíquias foram removidas da igreja, procissões desautorizadas e o uso de velas e água sagrada abandonada.
ü  Os mosteiros foram abolidos e a caridade monástica tornou-se uma preocupação comunitária. Os mosteiros foram convertidos em centros de acolhimento de pobres e hospitais; Sua riqueza foi utilizada para apoiar os pobres.
ü  A competência exercida pelo Bispo foi transferida para o corpo civil.
ü  Um novo tribunal foi estabelecido para lidar com disputas matrimoniais e trazer a disciplina moral para a sociedade.
ü  A igreja e a disciplina moral deveriam ser supervisionadas conjuntamente pela Igreja e o Estado que juntos formam a "comunidade santa".
ü  A frequência à igreja torna-se obrigatória em 1529 [Calvino fará algo semelhante em Genebra].
ü  O poder do magistrado foi combinado com o do clero, fazendo assim uma fusão completa da Igreja e do Estado que foi chamado "Reforma magisterial".
Essas breves referências demonstram que Zwínglio implementa essencialmente uma reforma doutrinária e litúrgica e mais radical do que a de Lutero.
Após a morte de Zwínglio na segunda batalha de Kappel (1531),[5] onde acompanhava o Exército de Zurique como capelão, seu sucessor, Bullinger, continuou as reformas.

AS SESSENTA E SETE TESES [ARTIGOS] DE ZWÍNGLIO
Os artigos e opiniões abaixo, eu, Ulrich Zwingli,[6] confesso ter pregado na cidade digna de Zurique, com base nas Escrituras, que são chamadas inspiradas por Deus, e agora eu ofereço para proteger e conquistar com os referidos artigos, e onde eu não houver entendido corretamente as Escrituras vou me permitir ser ensinado melhor, mas só a partir das referidas Escrituras.
I. Todos os que dizem que o Evangelho não é válido sem a confirmação da Igreja é calúnia a Deus.
II. A soma e substância do Evangelho é que o nosso Senhor Jesus Cristo, o verdadeiro Filho de Deus, deu a conhecer-nos a vontade de seu Pai celestial, e tem, com a sua inocência [justiça], nos libertado da morte e reconciliado com Deus.
III. Daí Cristo é o único caminho para a salvação para todos os que já foram, são e serão.
IV. Quem procura ou aponta outra porta erra, sim, ele é um assassino de almas e um ladrão.
V. Portanto, todos que consideram outros ensinamentos equivalentes a ou maiores do que o Evangelho não sabe o que é o Evangelho.
VI. Pois Jesus Cristo é o guia e líder, prometido por Deus a todos os seres humanos, cuja promessa foi cumprida.
VII. Que ele é uma salvação eterna e cabeça de todos os crentes, que são o seu corpo, os quais, porém, estão mortos e não podem fazer nada sem ele.
VIII. A partir deste, segue antes de tudo, que todos os que habitam na cabeça são membros e filhos de Deus, e que é a igreja ou comunhão dos santos, a noiva de Cristo, a Ecclesia catholica.
IX. Além disso, que assim como os membros do corpo não podem fazer nada sem o controle da cabeça, assim também ninguém no corpo de Cristo pode fazer o mínimo, sem sua cabeça, Cristo.
X. Da mesma forma que o homem é louco cujos membros (tentam fazer) fazem algo sem a cabeça, rompendo, ferindo, ferindo a si mesmo; Assim, quando os membros de Cristo empreender algo sem a sua cabeça, Cristo, eles são loucos, e ferir e sobrecarregar-se com as leis insensatas.
XI. Daí, vemos nas clericais (assim chamadas) ordenanças, a respeito do seu esplendor, riquezas, classes, títulos, leis, a causa de toda a loucura, em razão de eles também não concordarem com a cabeça.
XII. Assim, eles ainda (estão) com fúria, não por conta da cabeça (aquele que está ansioso para trazer, nestes tempos, da graça de Deus), mas porque este não os deixará em fúria, mas tenta obrigá-los a ouvir a cabeça.
XIII. Onde este (o cabeça) é ouvido para aqueles que aprendem clara e abertamente a vontade de Deus, e (o) homem é atraído por seu espírito para ele e mudado dentro dele.
XIV. Portanto, todo o povo cristão usará sua melhor diligência para que o Evangelho de Cristo seja pregado de igual forma em todos os lugares.
XV. Pois na fé repousa nossa salvação, e na incredulidade nossa condenação; pois toda a verdade está clara nele.
XVI. No único Evangelho se aprende que as doutrinas e decretos humanos não contribuem na salvação.
SOBRE O PAPA
XVII. Que Cristo é o único sumo sacerdote eterno, do que resulta que aqueles que têm se chamado sumo sacerdote têm se oposto à honra e ao poder de Cristo, sim, lançam-no fora.
SOBRE A MISSA.
XVIII. Que Cristo, havendo se sacrificado uma vez, representa para a eternidade certo e válido sacrifício pelos pecados de todos os fiéis, do que resulta que a missa não é um sacrifício, mas é uma lembrança do sacrifício e garantia da salvação que Cristo nos tem dado.
SOBRE A INTERCESSÃO DOS SANTOS.
XX. Que Deus deseja dar-nos todas as coisas em seu nome, de onde se segue que fora desta vida que não precisamos de mediador, exceto Ele próprio.
XXI. Que, quando oramos uns pelos outros na terra, nós o fazemos de tal maneira que acreditamos que todas as coisas são dadas a nós por meio de Cristo unicamente.
SOBRE AS BOAS OBRAS.
XXII. Que Cristo é a nossa justiça, donde se segue que as nossas obras são boas na medida em que são de Cristo, mas na medida em que elas são nossas, elas não são nem certas nem boas.
NO TOCANTE À PROPRIEDADE CLERICAL.
XXIII. Que Cristo despreza as posses e a pompa deste mundo, donde se segue que aqueles que atraem riqueza para si mesma em Seu nome difamam-no terrivelmente quando eles fazem dEle um pretexto para a sua avareza e obstinação.
RELATIVO À PROIBIÇÃO DE ALIMENTOS.
XXIV. Que nenhum cristão é obrigado a fazer aquelas coisas que Deus não decretou, por isso se pode comer em todo o tempo todos os alimentos, a partir do que se aprende que o decreto sobre o queijo e manteiga é uma fraude Romana.
SOBRE O FERIADO E PEREGRINAÇÃO.
XXV. Que tempo e lugar estão sob a jurisdição do povo cristão e de um homem com eles, daí se aprende que aqueles que fixam tempo e lugar privam os cristãos de sua liberdade.
SOBRE CAPUZES, VESTIDOS, INSÍGNIA.
XXVI. Que Deus está descontente com nada mais do que com a hipocrisia; a partir do que se aprende que tudo são grande hipocrisia e devassidão as quais são meros espetáculos diante dos homens. Sob estas condenações caem os capuzes, as insígnias, as placas etc.
SOBRE AS ORDENS E SEITAS.
XXVII. Que todos os homens cristãos são irmãos de Cristo e irmãos uns dos outros, e ninguém deverá criar um pai (para si) na terra. Sob esta condenação caem ordens, seitas, irmandades etc.
SOBRE O CASAMENTO DE ECLESIÁSTICOS.
XXVIII. Que tudo o que Deus tem permitido ou não proibido é justo, portanto, o casamento é permitido a todos os seres humanos.
XXIX. Que todos os que são conhecidos como clérigos pecam quando não se protegem por casamento depois de terem consciência que Deus não os capacitou a permanecerem castos.
SOBRE O VOTO DE CASTIDADE.
XXX. Que aqueles que prometem castidade [fora do matrimônio] carregam de forma tola ou infantil muito sobre si mesmos, a partir do que se aprende que aqueles que fazem tais votos erram pela piedade (ou por estar sendo piedoso).
ACERCA DO BANIMENTO.
XXXI. Que nenhuma pessoa especial pode impor o banimento [excomunhão] de ninguém, exceto a Igreja, que é a [completa] congregação da quais aquelas pessoas que são banidas fazem parte, juntamente com seu guardião, ou seja, o pastor.
XXXII. Que se pode banir só o que oferece ofensa pública.
SOBRE A PROPRIEDADE ILEGAL
XXXIII. Que a propriedade injustamente adquirida não será dada a templos, mosteiros, catedrais, cleros ou freiras, mas para os necessitados, se esta não puder ser devolvida para o proprietário legal.
SOBRE MAGISTÉRIO.
XXXIV. O (assim chamado) poder espiritual não tem justificativa para sua pompa no ensino de Cristo.
XXXV. Mas os leigos têm poder e confirmação da Escritura e da doutrina de Cristo.
XXXVI. Que todo o estado espiritual (assim chamado) que reivindica ter poder e proteção cabe aos leigos, se eles desejam ser cristãos.
XXXVII. Para eles, além disso, todos os cristãos devem obediência, sem exceção.
XXXVIII. Na medida em que eles não dominam o que é contrário a Deus.
XXXIX. Por isso, todas as suas leis devem estar em harmonia com a vontade divina, de modo que eles protegem os oprimidos, mesmo que eles não se queixem.
XL. Eles só podem colocar à morte com justiça, também, apenas aqueles que cometem ofensa pública (se Deus não está ofendido deixe outra coisa ser ordenada).
XLI. Se eles dão bons conselhos e ajuda para aqueles de quem eles devem prestar contas a Deus, então, estes (os que receberam o conselho e a ajuda) devem àqueles (os que prestaram a ajuda) assistência corporal.
XLII. Mas se eles são infiéis e transgridam as leis de Cristo, eles podem ser deposto, em nome de Deus.
XLIII. Em suma, o domínio dos que governam com Deus é tão melhor e mais estável; mas é sempre pior e mais instável aquele que governa de acordo com sua própria vontade [capricho].
SOBRE A ORAÇÃO.
XLIV. Verdadeiros oradores chamam por Deus em espírito e em verdade, sem grandes alvoroços diante dos homens.
XLV. Hipócritas fazem seu trabalho apenas para poderem ser vistos pelos homens, também recebem sua recompensa nesta vida.
XLVI. ​​Assim, segue-se que o clamor e clamor alto, sem verdadeira devoção, e só por recompensa, estão buscando (isso) ou fama diante dos homens ou (querem somente) ganho.
SOBRE A OFENSA.
XLVII. A morte corporal um homem deveria sofrer antes de ofender ou escandalizar um Cristão.
XLVIII. Quem quer que, através de estupidez ou ignorância, for ofendido sem causa, não deve ser deixado doente ou fraco, mas ele deve ser feito forte, a ponto de ele poder não considerar um pecado o que não é um pecado.
XLIX. Maior ofensa que eu saiba que não permitir que sacerdotes tenham esposas, é conceder que eles contratem prostitutas.  Para fora toda vergonha!
SOBRE REMISSÃO DE PECADOS
L. Deus somente redime pecados através de Jesus Cristo, Seu Filho e nosso único Senhor.
LI. Quem atribui isto a seres criados diminui da honra de Deus e dá esta a eles que não são Deus; isso é a idolatria verdadeira.
LII. Consequentemente, a confissão que é feita para o sacerdote ou vizinho não será declarada para ser uma remissão de pecado, mas somente uma procura por conselho.
LIII. Obras de penitência oriundas de conselhos de seres humanos (exceto a excomunhão) não cancelam pecados; elas são impostas como uma ameaça para os outros.
LIV. Cristo tomou sobre si toda a nossa dor e trabalho. Portanto, quem quer que atribuir ao trabalho de penitência o que pertence a Cristo, erra e calunia a Deus.
LV. Quem quer que intente perdoar a um ser penitente qualquer pecado, não deveria ser um vigário de Deus ou de São Pedro, e sim do diabo.
LV. Quem quer que perdoe qualquer pecado somente por razão de dinheiro é o companheiro de Simão e de Balaão e o real mensageiro do mal personificado.
SOBRE O PURGATÓRIO
LVII. As verdadeiras Escrituras Divinas desconhecem o purgatório depois desta vida.
LVIII. A sentença dos mortos é conhecida por Deus unicamente.
LIX. E a menos que Deus nos deixe saber sobre tal assunto, só assim devemos nos encarregar de saber sobre isso.
LX. Que a humanidade clame sinceramente a Deus para mostrar misericórdia para com os mortos eu não condeno, mas determinar um período de tempo para tanto (sete anos por um pecado mortal), e mentir por causa de vantagem, isso não é humano, mas diabólico.
SOBRE O SACERDÓCIO.
LXI. Acerca da forma de consagração a qual os sacerdotes têm recebido recentemente as Escrituras desconhecem.
LXII. Ademais, elas (as Escrituras) não reconhecem sacerdotes exceto aqueles que proclamam a palavra de Deus.
LXIII. Elas ordenam que a honra deva ser mostrada, a fim de provê-los com comida para o corpo.
SOBRE A CESSAÇÃO DE MAU USO (OU: TRATAMENTO ABUSIVO).
LXIV. A todos aqueles que reconhecem seus erros, não será permitido sofrer, mas sim morrer em paz, e subsequentemente, organizar na maneira cristã, seu legado para a Igreja.
LXV. Àqueles que não desejam confessar, Deus provavelmente tomará conta. Por isso não será usada força contra seus corpos, a menos que seu comportamento seja tão criminoso que não seja possível fazê-lo sem aquela (a força).
LXVI. Todos os clérigos superiores se estabelecerão de uma só vez, e com unanimidade elevar (promover) a cruz de Cristo, e não o dinheiro – cofres, ou eles perecerão, porque eu digo a você que o machado está levantado contra a árvore.
LXVII. Se alguém deseja conversar comigo sobre juros, dízimos, crianças não batizadas ou confirmação, eu estou disposto a responder.

Ninguém aqui empreenda discussões com sofismas ou com insensatez humana, mas que venha para as Escrituras para aceita-las como o juiz (pois as Escrituras exalam o Espírito de Deus), então que a verdade seja encontrada, ou, se encontrada, como eu espero, seja retida. Amém.

Assim Deus possa tornar regra (ou: Seja regra de Deus).

Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
Universidade Presbiteriana Mackenzie
me.ivanguedes@gmail.com
Outro Blog
Reflexão Bíblica
http://reflexaoipg.blogspot.com.br/

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Referências Bibliográficas
AMARAL, Epaminondas M. do. O Protestantismo e a Reforma. São Paulo: Livraria Saleluz, 1962. (Coleção Otoniel Mota I).
ARMESTO-FERNÁNDES, Felipe e WILSON, Derek. Reforma: o cristianismo e o mundo 1500-2000. Trad. Celina Cavalcante Falck. Rio de Janeiro: Record, 1997.
BOISSET, J. História do protestantismo. São Paulo: Difusão Europeia, 1971.
DANIEL-ROPS. A igreja da renascença e da reforma I: a reforma protestante. São Paulo: Ed. Quadrante, 1996, p. 435.
DELUMEAU, Jean. La Reforma. Barcelona: Editorial Labor S/A, 1967.
DREHER, Martin N. A crise e a renovação da igreja no período da Reforma. São Leopoldo: Sinodal, 1996. [Coleção História da Igreja; v.3].
EGLI, Emil. Zwingli als hebraer. Suiça: Journal Zwingliana, Swiss Reformation Studies Institute, 1900 [1/8]. Disponível em: http://www.zwingliana.ch/index.php/zwa/article/view/2163/2073. Acesso em 15/09/2014. [Tradução: http://www.e-cristianismo.com.br/pt/outros-reformadores/256]
LINDBERG, Carter. As Reformas na Europa. São Leopoldo: Sinodal, 2001. (Capto. 7)
MAINKA, Peter Johann. Huldrych Zwingli (1484-1531), O Reformador de Zurique – um esboço biográfico. Maringá: Universidade Estadual de Maringá, 2001. http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciHumanSocSci/article/viewFile/2758/1893.
RAATH, A.W.G. e FREITAS, S.A. Calling and resistance - Huldrych Zwingli’s (1484-1531) political theology and his legacy of resistance to tyranny. South Africa: Department of Constitutional Law and Jurisprudence University of the Free State. Disponível em: http://puritanism.online.fr/puritanism/Calling%20and%20Resistance.pdf. Acessado em 15/09/2016.
STEPHENS, W. Peter. Zwingli le théologien. [Histoire et Société]. Genève: Labor et Fides, 1999.
POLLET, J. V. Huldrych Zwingli et le Zwinglianisme. Paris: Vrin, 1988.





[1] O historiador Martin N. Dreher comenta que “Zwínglio começa com críticas a questões periféricas e, aos poucos, vai se aproximando das questões centrais. Não é dado a grandes abstrações. O que lhe interessa são as reformas práticas” (1996, p. 66).
[2] Foi nomeado “sacerdote do povo” da Catedral de Zurique. Na entrada, sobre o portal da igreja, lê-se a seguinte frase: “A reforma de Ulrich Zwínglio começou aqui, em 1º de janeiro de 1519”.  
[3] Tinha formado um círculo de jovens estudantes e humanistas – Grebel, Mantz, Reublin, Brotli e Stumpf.
[4] Havia se casado secretamente com a viúva Ana Reinhart.
[5] Em 1529 já havia acompanhado as tropas suíças de Zurique na chamada Primeira Guerra de Kappel.
[6] O próprio reformador mudou a grafia de seu nome. O nome de batismo era Ulrich Zuínglio, em referência ao santo católico Ulrich de Augsburg. Nos dias de estudante latinizou o nome para Udalricus e posteriormente optou por Huldrychus (gracioso, benevolente), com a qual passou assinar suas correspondências. Mas nos documentos oficiais de Zurique manteve-se seu nome original “Meister Uolrich” (ROTHER, Rea. Ulrich, Huldreich oder Huldrychus? Disponível em: http://www.zh.ref.ch/a-z/zwingli/lexikon-h/huldrych-ulrich. Acesso em 15/09/2014. 

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