Quando falamos sobre
a Reforma Religiosa e/ou Reforma Protestante que ocorreu no
século XVI, um trio de personagens se sobressai: Lutero, Calvino e Zwínglio. Entretanto, os dois primeiros
tornaram-se muito conhecidos e populares entre os estudiosos deste movimento
reformista religioso, enquanto Zwínglio tornou-se uma espécie de “patinho feio”, relegado ao menos no
Brasil, há um plano secundário da historiografia protestante.
Duas razões esclarecem, mas
não justifica esse ostracismo de Zwínglio: suas propostas foram sempre mais
contundentes e ele não tinha qualquer duvida em defendê-las até à luta armada;[1] segunda razão é que ele morre relativamente cedo, em batalha, servindo como
capelão das tropas. Desta forma, Lutero e Calvino tiveram muito mais tempo para
estabelecerem suas teses teológico-eclesiásticas, e, portanto, influenciaram
muito mais os movimentos reformistas que se espalharam por toda Europa e
posteriormente por todo o mundo.
Apesar de serem contemporâneos
separados apenas por dois meses de nascimento, seus movimentos reformistas
foram autônomos, ainda que paralelos. Enquanto Lutero iniciava seu movimento na
Alemanha, Zwínglio liderava igual movimento reformista na confederação suíça de
Zurique.[2]
Ainda
que as 95 Teses de Lutero (31 de
outubro de 1517) sejam amplamente conhecida e tida como ponto de partida do movimento
reformado, Zwínglio também havia elaborado semelhante conjunto de teses (67)
que foram apresentadas e defendidas diante das autoridades civis e da população
da cidade de Zurique.
O
debate entre Zwínglio e seus companheiros com as autoridades representativas do
clero Católico Romano ocorre no dia 29 de janeiro de 1523. Após o debate o Conselho
Municipal decidiria se adotaria ou não o programa reformatório proposta por Zwínglio.
O debate ocorre na presença de
mais de 600 pessoas que tinham entrado no salão. Zwínglio e seus partidários[3] munidos da Septuaginta, o Antigo Testamento hebraico e o Novo Testamento grego,
juntamente com uma cópia da Vulgata Latina tomam assento. A discussão foi
totalmente dominada pelo conhecimento e capacidade de oratória de Zwínglio enquanto
seus oponentes apresentaram poucas e frágeis argumentações que foram amplamente
desconstruída e destituída de suas fundamentações bíblicas pelo reformador
suíço. No final das discussões, um pároco da aldeia levantou-se e disse: "se ninguém diz alguma coisa contra Zwínglio
e ninguém o contradiz, então ele está certo e o Bispo errado". A
cidade de Zurique tornou-se o primeiro estado protestante por iniciativa magisterial.
Em 14 de julho de 1523 os 67 artigos
e sua explanação foram publicados em Zurique pelo impressor Froschauer. O
movimento iniciado por Zwínglio difunde-se na Suíça de fala alemã e no sul da
Alemanha.
Tendo
todo o apoio das autoridades civis e da população da cidade, Zwínglio empreende
as reformas propostas em suas teses, agora promulgadas:
ü Enfatiza
a natureza corporativa da igreja, pois defendia que o clero e os leigos
formavam uma única "comunidade santa".
ü Também
levanta o tema do celibato e após demonstrar que não há respaldo bíblico, ele
mesmo assume seu casamento,[4] para a indignação dos seus críticos e adversários [Lutero fará o mesmo].
ü O
Conselho de Zurique decidiu proibir a prática de exigir honorários para o
batismo, a Eucaristia e o enterro.
ü O
clero deve pregar apenas a partir das Escrituras e a partir de suas línguas
originais (hebraico e grego) e não mais da Vulgata Latina.
ü As
imagens e relíquias foram removidas da igreja, procissões desautorizadas e o
uso de velas e água sagrada abandonada.
ü Os
mosteiros foram abolidos e a caridade monástica tornou-se uma preocupação
comunitária. Os mosteiros foram convertidos em centros de acolhimento de pobres
e hospitais; Sua riqueza foi utilizada para apoiar os pobres.
ü A
competência exercida pelo Bispo foi transferida para o corpo civil.
ü Um
novo tribunal foi estabelecido para lidar com disputas matrimoniais e trazer a
disciplina moral para a sociedade.
ü A
igreja e a disciplina moral deveriam ser supervisionadas conjuntamente pela Igreja
e o Estado que juntos formam a "comunidade santa".
ü A frequência
à igreja torna-se obrigatória em 1529 [Calvino fará algo semelhante em Genebra].
ü O
poder do magistrado foi combinado com o do clero, fazendo assim uma fusão
completa da Igreja e do Estado que foi chamado "Reforma magisterial".
Essas breves referências demonstram
que Zwínglio implementa essencialmente uma reforma doutrinária e litúrgica e mais
radical do que a de Lutero.
Após a morte de Zwínglio na segunda
batalha de Kappel (1531),[5] onde acompanhava o Exército de Zurique como capelão, seu sucessor, Bullinger,
continuou as reformas.
AS SESSENTA E SETE TESES [ARTIGOS] DE ZWÍNGLIO
Os artigos e opiniões abaixo, eu, Ulrich
Zwingli,[6] confesso ter pregado na cidade digna de Zurique, com base nas
Escrituras, que são chamadas inspiradas por Deus, e agora eu ofereço para
proteger e conquistar com os referidos artigos, e onde eu não houver entendido
corretamente as Escrituras vou me permitir ser ensinado melhor, mas só a partir
das referidas Escrituras.
I. Todos os que dizem que o Evangelho não é
válido sem a confirmação da Igreja é calúnia a Deus.
II. A soma e substância do
Evangelho é que o nosso Senhor Jesus Cristo, o verdadeiro Filho de Deus, deu a
conhecer-nos a vontade de seu Pai celestial, e tem, com a sua inocência
[justiça], nos libertado da morte e reconciliado com Deus.
III. Daí Cristo é o único caminho para a
salvação para todos os que já foram, são e serão.
IV. Quem procura ou aponta
outra porta erra, sim, ele é um assassino de almas e um ladrão.
V. Portanto, todos que consideram outros
ensinamentos equivalentes a ou maiores do que o Evangelho não sabe o que é o
Evangelho.
VI. Pois Jesus Cristo é o guia
e líder, prometido por Deus a todos os seres humanos, cuja promessa foi
cumprida.
VII. Que ele é uma salvação eterna e cabeça
de todos os crentes, que são o seu corpo, os quais, porém, estão mortos e não
podem fazer nada sem ele.
VIII. A partir deste, segue
antes de tudo, que todos os que habitam na cabeça são membros e filhos de Deus,
e que é a igreja ou comunhão dos santos, a noiva de Cristo, a Ecclesia catholica.
IX. Além disso, que assim como os membros do
corpo não podem fazer nada sem o controle da cabeça, assim também ninguém no
corpo de Cristo pode fazer o mínimo, sem sua cabeça, Cristo.
X. Da mesma forma que o homem é
louco cujos membros (tentam fazer) fazem algo sem a cabeça, rompendo, ferindo,
ferindo a si mesmo; Assim, quando os membros de Cristo empreender algo sem a
sua cabeça, Cristo, eles são loucos, e ferir e sobrecarregar-se com as leis
insensatas.
XI. Daí, vemos nas clericais (assim chamadas)
ordenanças, a respeito do seu esplendor, riquezas, classes, títulos, leis, a
causa de toda a loucura, em razão de eles também não concordarem com a cabeça.
XII. Assim, eles ainda (estão) com
fúria, não por conta da cabeça (aquele que está ansioso para trazer, nestes
tempos, da graça de Deus), mas porque este não os deixará em fúria, mas tenta
obrigá-los a ouvir a cabeça.
XIII. Onde este (o cabeça) é ouvido para
aqueles que aprendem clara e abertamente a vontade de Deus, e (o) homem é
atraído por seu espírito para ele e mudado dentro dele.
XIV. Portanto, todo o povo
cristão usará sua melhor diligência para que o Evangelho de Cristo seja pregado
de igual forma em todos os lugares.
XV. Pois na fé repousa nossa salvação, e na
incredulidade nossa condenação; pois toda a verdade está clara nele.
XVI. No único Evangelho se
aprende que as doutrinas e decretos humanos não contribuem na salvação.
SOBRE O PAPA
XVII. Que Cristo é o único sumo sacerdote
eterno, do que resulta que aqueles que têm se chamado sumo sacerdote têm se
oposto à honra e ao poder de Cristo, sim, lançam-no fora.
SOBRE A MISSA.
XVIII. Que Cristo, havendo se
sacrificado uma vez, representa para a eternidade certo e válido sacrifício
pelos pecados de todos os fiéis, do que resulta que a missa não é um
sacrifício, mas é uma lembrança do sacrifício e garantia da salvação que Cristo
nos tem dado.
SOBRE A INTERCESSÃO DOS SANTOS.
XX. Que Deus deseja dar-nos todas as coisas
em seu nome, de onde se segue que fora desta vida que não precisamos de
mediador, exceto Ele próprio.
XXI. Que, quando oramos uns
pelos outros na terra, nós o fazemos de tal maneira que acreditamos que todas
as coisas são dadas a nós por meio de Cristo unicamente.
SOBRE AS BOAS OBRAS.
XXII. Que Cristo é a nossa justiça, donde se
segue que as nossas obras são boas na medida em que são de Cristo, mas na
medida em que elas são nossas, elas não são nem certas nem boas.
NO TOCANTE À PROPRIEDADE
CLERICAL.
XXIII. Que Cristo despreza as
posses e a pompa deste mundo, donde se segue que aqueles que atraem riqueza
para si mesma em Seu nome difamam-no terrivelmente quando eles fazem dEle um
pretexto para a sua avareza e obstinação.
RELATIVO À PROIBIÇÃO DE ALIMENTOS.
XXIV. Que nenhum cristão é obrigado a fazer
aquelas coisas que Deus não decretou, por isso se pode comer em todo o tempo todos
os alimentos, a partir do que se aprende que o decreto sobre o queijo e
manteiga é uma fraude Romana.
SOBRE O FERIADO E PEREGRINAÇÃO.
XXV. Que tempo e lugar estão
sob a jurisdição do povo cristão e de um homem com eles, daí se aprende que
aqueles que fixam tempo e lugar privam os cristãos de sua liberdade.
SOBRE CAPUZES, VESTIDOS, INSÍGNIA.
XXVI. Que Deus está descontente com nada mais
do que com a hipocrisia; a partir do que se aprende que tudo são grande hipocrisia
e devassidão as quais são meros espetáculos diante dos homens. Sob estas
condenações caem os capuzes, as insígnias, as placas etc.
SOBRE AS ORDENS E SEITAS.
XXVII. Que todos os homens
cristãos são irmãos de Cristo e irmãos uns dos outros, e ninguém deverá criar
um pai (para si) na terra. Sob esta condenação caem ordens, seitas, irmandades
etc.
SOBRE O CASAMENTO DE ECLESIÁSTICOS.
XXVIII. Que tudo o que Deus tem permitido ou
não proibido é justo, portanto, o casamento é permitido a todos os seres
humanos.
XXIX. Que todos os que são
conhecidos como clérigos pecam quando não se protegem por casamento depois de
terem consciência que Deus não os capacitou a permanecerem castos.
SOBRE O VOTO DE CASTIDADE.
XXX. Que aqueles que prometem castidade [fora
do matrimônio] carregam de forma tola ou infantil muito sobre si mesmos, a
partir do que se aprende que aqueles que fazem tais votos erram pela piedade
(ou por estar sendo piedoso).
ACERCA DO BANIMENTO.
XXXI. Que nenhuma pessoa
especial pode impor o banimento [excomunhão] de ninguém, exceto a Igreja, que é
a [completa] congregação da quais aquelas pessoas que são banidas fazem parte,
juntamente com seu guardião, ou seja, o pastor.
XXXII. Que se pode banir só o que oferece
ofensa pública.
SOBRE
A PROPRIEDADE ILEGAL
XXXIII. Que a propriedade injustamente
adquirida não será dada a templos, mosteiros, catedrais, cleros ou freiras, mas
para os necessitados, se esta não puder ser devolvida para o proprietário
legal.
SOBRE MAGISTÉRIO.
XXXIV. O (assim chamado) poder espiritual não
tem justificativa para sua pompa no ensino de Cristo.
XXXV. Mas os leigos têm poder e
confirmação da Escritura e da doutrina de Cristo.
XXXVI. Que todo o estado espiritual (assim
chamado) que reivindica ter poder e proteção cabe aos leigos, se eles desejam
ser cristãos.
XXXVII. Para eles, além disso,
todos os cristãos devem obediência, sem exceção.
XXXVIII. Na medida em que eles
não dominam o que é contrário a Deus.
XXXIX. Por isso, todas as suas
leis devem estar em harmonia com a vontade divina, de modo que eles protegem os
oprimidos, mesmo que eles não se queixem.
XL. Eles só podem colocar à morte com
justiça, também, apenas aqueles que cometem ofensa pública (se Deus não está
ofendido deixe outra coisa ser ordenada).
XLI. Se eles dão bons conselhos
e ajuda para aqueles de quem eles devem prestar contas a Deus, então, estes (os
que receberam o conselho e a ajuda) devem àqueles (os que prestaram a ajuda)
assistência corporal.
XLII. Mas se eles são infiéis e transgridam
as leis de Cristo, eles podem ser deposto, em nome de Deus.
XLIII. Em suma, o domínio dos
que governam com Deus é tão melhor e mais estável; mas é sempre pior e mais
instável aquele que governa de acordo com sua própria vontade [capricho].
SOBRE A ORAÇÃO.
XLIV. Verdadeiros oradores chamam por Deus em
espírito e em verdade, sem grandes alvoroços diante dos homens.
XLV. Hipócritas fazem seu
trabalho apenas para poderem ser vistos pelos homens, também recebem sua
recompensa nesta vida.
XLVI. Assim, segue-se que o clamor e clamor
alto, sem verdadeira devoção, e só por recompensa, estão buscando (isso) ou
fama diante dos homens ou (querem somente) ganho.
SOBRE A OFENSA.
XLVII. A morte corporal um
homem deveria sofrer antes de ofender ou escandalizar um Cristão.
XLVIII. Quem quer que, através de estupidez
ou ignorância, for ofendido sem causa, não deve ser deixado doente ou fraco,
mas ele deve ser feito forte, a ponto de ele poder não considerar um pecado o
que não é um pecado.
XLIX. Maior ofensa que eu saiba
que não permitir que sacerdotes tenham esposas, é conceder que eles contratem
prostitutas. Para fora toda vergonha!
SOBRE REMISSÃO DE PECADOS
L. Deus somente redime pecados através de
Jesus Cristo, Seu Filho e nosso único Senhor.
LI. Quem atribui isto a seres
criados diminui da honra de Deus e dá esta a eles que não são Deus; isso é a
idolatria verdadeira.
LII. Consequentemente, a confissão que é
feita para o sacerdote ou vizinho não será declarada para ser uma remissão de
pecado, mas somente uma procura por conselho.
LIII. Obras de penitência
oriundas de conselhos de seres humanos (exceto a excomunhão) não cancelam
pecados; elas são impostas como uma ameaça para os outros.
LIV. Cristo tomou sobre si toda a nossa dor e
trabalho. Portanto, quem quer que atribuir ao trabalho de penitência o que
pertence a Cristo, erra e calunia a Deus.
LV. Quem quer que intente
perdoar a um ser penitente qualquer pecado, não deveria ser um vigário de Deus
ou de São Pedro, e sim do diabo.
LV. Quem quer que perdoe qualquer pecado
somente por razão de dinheiro é o companheiro de Simão e de Balaão e o real
mensageiro do mal personificado.
SOBRE
O PURGATÓRIO
LVII. As verdadeiras Escrituras
Divinas desconhecem o purgatório depois desta vida.
LVIII. A sentença dos mortos é conhecida por
Deus unicamente.
LIX. E a menos que Deus nos
deixe saber sobre tal assunto, só assim devemos nos encarregar de saber sobre
isso.
LX. Que a humanidade clame sinceramente a
Deus para mostrar misericórdia para com os mortos eu não condeno, mas
determinar um período de tempo para tanto (sete anos por um pecado mortal), e
mentir por causa de vantagem, isso não é humano, mas diabólico.
SOBRE
O SACERDÓCIO.
LXI. Acerca da forma de
consagração a qual os sacerdotes têm recebido recentemente as Escrituras
desconhecem.
LXII. Ademais, elas (as Escrituras) não
reconhecem sacerdotes exceto aqueles que proclamam a palavra de Deus.
LXIII. Elas ordenam que a honra
deva ser mostrada, a fim de provê-los com comida para o corpo.
SOBRE A CESSAÇÃO DE MAU USO (OU: TRATAMENTO
ABUSIVO).
LXIV. A todos aqueles que reconhecem seus
erros, não será permitido sofrer, mas sim morrer em paz, e subsequentemente,
organizar na maneira cristã, seu legado para a Igreja.
LXV. Àqueles que não desejam
confessar, Deus provavelmente tomará conta. Por isso não será usada força
contra seus corpos, a menos que seu comportamento seja tão criminoso que não
seja possível fazê-lo sem aquela (a força).
LXVI. Todos os clérigos superiores se
estabelecerão de uma só vez, e com unanimidade elevar (promover) a cruz de
Cristo, e não o dinheiro – cofres, ou eles perecerão, porque eu digo a você que
o machado está levantado contra a árvore.
LXVII. Se alguém deseja
conversar comigo sobre juros, dízimos, crianças não batizadas ou confirmação,
eu estou disposto a responder.
Ninguém aqui empreenda discussões com
sofismas ou com insensatez humana, mas que venha para as Escrituras para
aceita-las como o juiz (pois as Escrituras exalam o Espírito de Deus), então
que a verdade seja encontrada, ou, se encontrada, como eu espero, seja retida.
Amém.
Assim
Deus possa tornar regra (ou: Seja regra de Deus).
Utilização livre desde
que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da
Religião.
Universidade
Presbiteriana Mackenzie
me.ivanguedes@gmail.com
Outro Blog
Reflexão Bíblica
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Por que Ocorreu no Século XVI?
Reflexões sobre a Reforma Protestante:
Introdução
Referências Bibliográficas
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Protestantismo e a Reforma. São Paulo: Livraria Saleluz, 1962.
(Coleção Otoniel Mota I).
ARMESTO-FERNÁNDES, Felipe e WILSON, Derek. Reforma:
o cristianismo e o mundo 1500-2000. Trad. Celina Cavalcante Falck. Rio
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Labor et Fides, 1999.
POLLET, J. V. Huldrych
Zwingli et le Zwinglianisme. Paris: Vrin, 1988.
[1] O
historiador Martin N. Dreher comenta que “Zwínglio
começa com críticas a questões periféricas e, aos poucos, vai se aproximando
das questões centrais. Não é dado a grandes abstrações. O que lhe interessa são
as reformas práticas” (1996, p. 66).
[2] Foi
nomeado “sacerdote do povo” da Catedral de Zurique. Na entrada, sobre o portal
da igreja, lê-se a seguinte frase: “A
reforma de Ulrich Zwínglio começou aqui, em 1º de janeiro de 1519”.
[3] Tinha
formado um círculo de jovens estudantes e humanistas – Grebel, Mantz, Reublin,
Brotli e Stumpf.
[4] Havia se
casado secretamente com a viúva Ana Reinhart.
[5] Em 1529
já havia acompanhado as tropas suíças de Zurique na chamada Primeira Guerra de
Kappel.
[6] O próprio reformador mudou a grafia de seu nome. O nome
de batismo era Ulrich Zuínglio, em referência ao santo católico Ulrich de
Augsburg. Nos dias de estudante latinizou o nome para Udalricus e
posteriormente optou por Huldrychus (gracioso, benevolente), com a qual passou
assinar suas correspondências. Mas nos documentos oficiais de Zurique
manteve-se seu nome original “Meister Uolrich” (ROTHER, Rea. Ulrich,
Huldreich oder Huldrychus? Disponível
em: http://www.zh.ref.ch/a-z/zwingli/lexikon-h/huldrych-ulrich. Acesso em
15/09/2014.
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