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quinta-feira, 10 de maio de 2018

Seminário Presbiteriano do Centenário: um anacronismo histórico



            Um dos eventos marcantes da história do presbiterianismo no Brasil foram as comemorações que ocorreram em seu primeiro centenário. Alavancadas pelo Rev. José Borges dos Santos Junior o que poderia ter sido um grande fiasco veio a se constituir em um evento de grande envergadura até então nunca superada no transcorrer de sua história no país.
            A menina dos olhos das comemorações e particularmente para o Rev. Borges sem dúvida era a criação do Seminário Presbiteriano do Centenário (SPC), que construído a um esforço hercúleo e fecundado das maiores expectativas e sonhos, vai sofrer um infanticídio causado pelos movimentos intestinos que convulsionariam a IPB, logo após este momento apoteótico.
            Os presbiterianos foram os primeiros protestantes a estabelecerem um curso teológico no Brasil, ainda nos dias de seu missionário pioneiro Rev. Ashbel Green Simonton,[1] conhecido na história como “Seminário Primitivo” que apesar de sua brevidade foi responsável pela formação de seus primeiros quatro pastores nacionais. Posteriormente a IPB construiu e manteve initerruptamente dois Seminários Teológicos, um no Sul denominado de Seminário de São Paulo e/ou do Sul, localizado na cidade de Campinas e outro no Norte denominado Seminário do Norte, sediado na cidade pernambucana de Recife. Destas duas instituições teológico-educacionais provinham-se os pastores para os campos ministeriais da IPB em todo o território brasileiro. Mas diante da proximidade das comemorações do seu primeiro centenário surge o projeto de se estabelecer um novo centro acadêmico teológico que receberia o nome de Seminário do Centenário, como um marco permanente da atuação teológica presbiteriana no Brasil.
O Rev. Borges não mediu esforços para que este projeto acadêmico pudesse deixar de ser apenas uma boa ideia e viesse a se concretizar como um fato. Estando à frente da Igreja Presbiteriana Unidade de São Paulo (IPUSP) conseguiu sensibilizar seus membros a contribuírem financeiramente para a construção deste novo Seminário. Nos registros das atas desta igreja somos informados de uma oferta especifica para a construção deste Seminário:
Oferta para o futuro seminário criada no Vale do Rio Doce: o Sr. Paulo Guilherme Ferraz, membro da igreja unida, comunica ao presidente do S.C. da Igreja Presbiteriana do Brasil, Rev. José Borges dos Santos Jr, que tem à disposição do Presidente a quantia de Cr$1.000.000,00 (Hum milhão de cruzeiros) para inicio do novo seminário a ser criado pelo Supremo Concílio. (CASTRO, 2011, p. 71).
No transcorrer da reunião do Supremo Concilio de 1958, onde o Rev. José Borges foi reeleito Presidente, um fato inédito até aquele momento, após a entrada e discussão de um documento oriundo do Sínodo Minas-Espírito Santo (SME) solicitando a criação de um Seminário nos limites do Concílio e depois de tecer diversos considerando e demonstrar o entusiasmo das igrejas bem como as ofertas expressivas já recebidas e a disponibilidade de área própria para sua construção o SC resolve:
a) Criar o 'Seminário do Centenário' nos limites do SME, o que será a grande obra nas comemorações do 1º século [Centenário] de nossa Igreja Presbiteriana. b) Nomear uma comissão responsável pela organização e localização do referido Seminário, dentro da área de ação daquele Sínodo. (DIGESTO, SC-58-019 - edição online - Itálico meu).
E acrescenta as diretrizes básicas que deveriam direcionar os trabalhos do novo seminário: 1) Deve preparar ministros especificamente a servir em regiões rurais e semi-rurais; 2) Deve oferecer cursos que dêem aos ministros educação teológica tão boa como a que os outros dois Seminários da Igreja. (DIGESTO, SC-58-020 – edição online)
Como no Brasil nada é tão simples, que não se possa complicar, após diversas mudanças de local, acabou sendo construído em Vitória (ES), passando a funcionar efetivamente a partir de agosto de 1963.
Mas nesse momento a IPB se convulsiona em uma das suas mais complexas crises denominacional. Um dos epicentros desta crise era a figura do missionário estadunidense Rev. Richard Shaull que tinha desde sua chegada impactou e conquistou a juventude presbiteriana e particularmente os alunos do Seminário de São Paulo, no qual atuou como professor e mentor.
Na medida em que a crise institucional se avolumava e as pressões começaram a serem crescentes, uma saída encontrada foi transferi-lo do Seminário de Campinas, para o recém-formado Seminário do Centenário, o que vinha em harmonia com a proposta do Rev. José Borges em mantê-lo na Igreja Presbiteriana do Brasil, visto que ambos mais a figura do Rev. Joaquim Beato[2] foram os fomentadores da construção do SPC.  
Sem que fosse um objetivo pré-estabelecido e amadurecido o novo Seminário proporciona a oportunidade de se estabelecer uma grade mais flexível teologicamente, ainda que dentro de uma perspectiva ortodoxa, bem como dentro de uma interpretação da própria resolução do SC ― preparar ministros especificamente para servir em regiões rurais e semi-rurais. Além deste trio de peso catedrático o novo Seminário ainda contava com outras figuras igualmente capacitadas como Esdras Borges[3], Celso Loula Dourado[4], Carlos Vagner, Wilson Souza Lopes, Claude Labrunie[5], J. Marhall Guthrie, Alfred Durand Sunderwirth e Eduardo Ramos Coelho, e outros. Infelizmente este foi um empreendimento que começou e terminou na década de 1960.
Mas nuvens escuras já estão em formação sobre os seminários da IPB. Em 1962 uma carta anônima, que deveria ser tratada na esfera das autoridades acadêmica competentes do próprio seminário, criou uma celeuma e quase levou o Supremo Concílio a fazer uma intervenção direta em Campinas. Mas no primeiro semestre de 1966 surgiu a famosa - mão de gato - que desta vez foi um documento elaborado por alguns seminaristas, o que diversas fontes afirmam que foi auxiliado diretamente por um dos eminentes professores do próprio SPS (Campinas), onde faziam diversas denuncias da situação, segundo eles, caótica e decadente da instituição teológica. As acusações podem ser divididas da seguinte forma, conforme Fonseca Júnior: as de ordem piedosa, as de ordem doutrinária, as de ordem ética e as de ordem administrativa. (2003, p. 44). Este documento ficou denominado de - Manifesto dos 15 - pois era o número total dos seminaristas que o subscreveram.
O documento sobe à reunião do Supremo Concílio de 1966 em Fortaleza, para ser tratado. A Constituição da Igreja (CI) permite a criação de Comissões Especiais, mas sempre com delimitações muito especificas de atuação, que neste caso foram totalmente extrapolados e exorbitaram os poderes da própria CI. ―Há três categorias de comissões: temporárias, permanentes e especiais. [...] 3 – Especiais: as que recebem poderes específicos para tratar, em definitivo, de certos assuntos, e cujo mandato se extinguirá ao apresentar relatório final (CI/IPB Artigo 99).
Após acalorados e exaustivos debates o Supremo Concílio resolve:
5) Nomear uma Comissão Especial com plenos poderes para dar execução às providências desta resolução, podendo inclusive: a) Dispensar professores, devolvendo-os aos seus concílios de origem; b) Nomear professores e levantar recursos em entendimento com a Tesouraria do SC; c) Reestruturar ou organizar Diretorias dos Seminários, de modo que as medidas tomadas se tornem efetivas (SC-66-091 - Seminários - Doc. VI).
Cada vez mais parecida com o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) do governo militar, em 1970 a CES tem seus poderes ampliados:
Quanto ao Doc. 168 - Relatório da Comissão Especial dos Seminários - O Supremo Concílio resolve: [...] 6) Determinar às Congregações de nossos Seminários que observam de maneira mais constante e completa aos alunos, no tocante à sua vocação, espírito, relacionamento, atitude de vida, caráter, conduta, disciplina, espiritualidade e posição teológica e ideológica, dando imediata ciência aos tutores e a CES de quaisquer fatos, atitudes e ideias que contra - indiquem o encaminhamento para o ministério; 7) Determinar que todo candidato à licenciatura ou ordenação que provenha de Seminário ou Instituição de preparo teológico não filiados à IPB ou por ela mantidos, obtenha por intermédio da CES reconhecimento prévio de sua idoneidade pessoal e daquela do Curso Teológico que tenha feito antes de dar presbitério cumprimento ao que dispõe a CI/IPB nessa matéria; (SC-70-057 - COMISSÃO ESPECIAL DE SEMINÁRIOS - Doc. LXXIII – Itálico meu).[6]
O que deveria ser tratado como um assunto interno da instituição teológica, conforme seu próprio regimento interno e prerrogativas da própria CI tornam-se pública, com amplo apoio de lideranças que estavam distantes da convivência acadêmica, produzindo uma convulsão desproporcional no meio das igrejas e sua membresia. Tudo isto às vésperas da reunião do Supremo Concílio que elegeria o novo Presidente e uma nova Mesa Executiva, tendo dois nomes em proeminência: o Rev. José Borges dos Santos Junior, apoiado pela linha mais progressista e o Rev. Boanerges Ribeiro, apoiado pela linha mais conservadora, que coincidentemente tinha como plataforma a pureza, a justiça e os princípios ortodoxos da Igreja.
Na reunião do Supremo Concílio, em julho de 1966, na cidade de Fortaleza (CE), com a eleição do Rev. Boanerges Ribeiro, os conservadores assumem o comando da IPB e imediatamente coloca em andamento um processo de - limpeza ideológica de tudo e todos que estavam ou pudessem vir a estar em desalinho ao pensamento da nova administração eclesiástica.
Utilizando os mesmos artifícios do então emergente Governo Militar, os mandatários da IPB criam Comissões Especiais para serem instrumentos políticos eclesiásticos para tratarem das questões de interesse da Diretoria Executiva, como afirma Tavares Neto as “comissões especiais caminham na história da IPB como o AI N° 5 foi para a ditadura militar na história recente do Brasil” (1997, p. 105).
O primeiro alvo foram os Seminários, foco de resistência dos progressistas, agora minoritários e reféns de uma estrutura eclesiástica implacável e sem qualquer piedade e para a qual foi criada (SC-1966) uma Comissão Especial dos Seminários com amplos poderes para tomarem as decisões que fossem necessárias, incluindo o fechamento de instituição teológica que não de adequassem à nova postura da IPB.
Na criação da CES foi determinado amplo direito de defesa para os envolvidos, o que na pratica jamais foi respeitado, conforme atestam muitas testemunhas oculares entrevistadas por Paixão Junior (2000). Deste modo, nem mesmo o Dr. Waldyr Luz tão arraigado em seu conservadorismo aceitou esta imposição da Comissão Especial dos Seminários e acabou, juntamente com os demais que expressaram discordância, sofrendo consequências por causa disto (1994, p. 282).
Apesar de todo esforço e articulação política do Rev. José Borges, as evoluções da chamada - Crise dos Seminários - vai ter um desfecho nefasto para as pretensões dos setores mais progressistas, pois ao final dela o Seminário do Centenário, num anacronismo desmedido com seu nome, morre ainda em seu nascedouro (1968), com apenas parcos cinco anos de funcionamento. Foram dispensados alunos e funcionários e expulsos todos os seus professores; nas duas outras instituições teológicas, Campinas e Recife, houve expurgo de professores e alunos, empobrecendo de forma indescritível a capacidade pensante da IPB, e ao Rev. Richard Shaull não restou alternativa senão retornar aos Estados Unidos.
Encerra-se assim de forma melancólica um dos períodos mais tensos e efervescentes do presbiterianismo nacional. A IPB por décadas recolheu-se ao seu lugar de invisibilidade nacional, crescendo vegetativamente.

Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Outro Blog
Reflexão Bíblica


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Mudanças de paradigma teológico no protestantismo no Brasil e a fundação da ASTE.
O Protestantismo na capital de São Paulo: A Igreja Presbiteriana Jardim das Oliveiras. Dissertação (Mestrado em Ciências da Religião). http://historiologiaprotestante.blogspot.com/2013/10/ficheiro-dissertacao-o-protestantismo.html?spref=tw

Referências Bibliográficas
CAMPOS JÚNIOR, Héber Carlos de. A reação da Igreja Presbiteriana do Brasil ao “Modernismo” dentro de seus seminários nas décadas de 1950 e 1966. Dissertação (Mestrado em Divindade) - Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper, São Paulo, 2003.
CASTRO, Luís Alberto de. A Trajetória do “Velho Mestre: Uma Biografia do Rev. José Borges dos Santos Júnior – um recorte historiográfico da Igreja Presbiteriana do Brasil. Dissertação (Mestre em Divindade) – Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper, São Paulo, 2011.
FARIA, Eduardo Galasso. Fé e Compromisso – Richard Shaull e teologia no Brasil. São Paulo: ASTE, 2002.
FERREIRA, Júlio Andrade. História da Igreja Presbiteriana do Brasil, vol. 1 e 2. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1959.
FONSECA JUNIOR, Antônio Marques da. Por que IPU. Campinas (SP): 2003.
GUEDES, Ivan Pereira. O protestantismo na capital de São Paulo – a Igreja Presbiteriana Jardim das Oliveiras. Dissertação (Mestrado em Ciências da Religião). Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2013. Orientador: Prof. Dr. João Baptista Borges Pereira.
KIDDER, D. P. e FLETCHER, J. C. O Brasil e os brasileiros – esboço histórico e descritivo, v. 1. Brasiliana – Biblioteca Pedagógica Brasileira. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1941 [Tradução da 6ª. edição em inglês - Elias Dolianiti e Revisão e Notas de Edgard Sussekind de Mendonça].
LÉONARD, Émile G. O protestantismo brasileiro: estudo de eclesiologia e história social. 2ª ed. Rio de Janeiro e São Paulo: JERP/ASTE, 1981.
LUZ, Waldyr Carvalho. Nem General nem Fazendeiro, Ministro do Evangelho. Campinas: Luz Para o Caminho, 1994.
PAIXÃO JUNIOR, Valdir Gonzales. A Era do Trovão: poder e repressão na Igreja Presbiteriana do Brasil no período da ditadura militar (1966-1978). Dissertação (Mestrado em Ciências da Religião) – Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2000.
TAVARES NETO, José Querino. Igreja Presbiteriana do Brasil: poder, manutenção e continuísmo. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade Estadual de Campinas, 1997.



[1] O ex padre José Manoel da Conceição foi o primeiro pastor protestante brasileiro a ser ordenado, mas já tinha a formação teológica.
[2] Segundo a opinião de Araujo: ―A figura de maior destaque na formulação dos objetivos de educação teológica nesse seminário foi. sem dúvida. Joaquim Beato, uma das inteligências mais lúcidas do presbiterianismo.‖ (1982, p. 75). Participou da famosa Conferência do Nordeste promovido pela CEB tratando sobre o tema ―Os Profetas numa época de transformações sociais‖. Após ― sair‖ da IPB filiou-se ao movimento de igrejas presbiterianas que deram origem à nova denominação IPU. Veio a ser professor da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), da Faculdade Unida e Secretário de Estado do Espírito Santo. Foi suplente de Senador pelo Estado ES na legislatura 1991-1994.
[3] Foi um dos fundadores do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), do qual faz parte do Conselho e que foi fundado em 1969 por um grupo de professores entre eles Cândido Procópio Ferreira de Camargo, Celso Lafer, Fernando Henrique Cardoso, Ruth Corrêa Leite Cardoso e Paul Israel Singer. Alguns dos quais afastados das universidades pela ditadura militar. Ao longo de seus 40 anos, o Centro albergou alguns dos maiores intelectuais do País, serviu como fórum de debate sobre os grandes problemas nacionais e suas soluções, bem como se tornou referência da produção de conhecimento de ponta nas diferentes ciências sociais, na filosofia e na crítica literária e artística. Durante a ditadura militar (1964-85), seus trabalhos estiveram marcados pela produção de conhecimento crítico independente e pela resistência ao regime. Durante o período de transição e consolidação democrática, consolidou o perfil de um centro de pesquisa de alto padrão. Atualmente, o Centro se encaminha de modo progressivo para um processo de internacionalização, mediante a articulação de parcerias internacionais duradouras e da realização de projetos de pesquisa comparativos entre países. O foco principal do Cebrap tem sido a análise da realidade brasileira sob um estilo de trabalho distintivo: especialização e interdisciplinaridade a ser viço de uma análise centrada em questões relevantes para o País. Isso tem permitido o diálogo constante entre diferentes perspectivas teóricas, metodológicas e disciplinares. Sociólogos, cientistas políticos, filósofos, economistas, historiadores, antropólogos, demógrafos e urbanistas compõem as áreas temáticas da instituição e colaboram regularmente nos projetos de pesquisa.
[4] Foi Deputado Federal Constituinte (1987-1991) e ocupou diversas funções nesta legislatura: Subcomissão do Poder Legislativo, da Comissão da Organização dos Poderes e Sistema de Governo: Suplente, 1987; Comissão de Sistematização: Titular, 1987-1988.  
[5] Após sair da IPB fez parte como pastor da Igreja Presbiteriana Unida (IPU), teólogo, foi professor da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), no Seminário Presbiteriano do Centenário, em Vitória e da Faculdade Unida. Foi um dos membros fundadores da ASTE – Associação de Seminários Teológicos Evangélicos, onde foi também Secretário Executivo por um período.  
[6] Para relacionar a atuação da CES e o DOPS, lembrar que um candidato a um emprego, por exemplo, neste período do governo militar, precisava apresentar um "Atestado de Antecedentes Políticos e Sociais", conhecido também como "Atestado Ideológico", que era fornecido pelo DOPS a quem não tinha ficha no órgão.

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