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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Perseguições Império Romano à Igreja: Severo ao Edito de Tolerância


            Como explicado no artigo anterior inicialmente os cristãos eram tolerados dentro Império da mesma forma que os judeus, pois até então se pensava que o cristianismo era uma seita judaica. Somente após as perseguições promovidas por Nero é que os cristãos serão tratados distintamente. Completando o artigo anterior veremos como a Igreja Cristã foi tratada pelo Império Romano a partir do governo de Severo, até o momento em que o Cristianismo deixou de ser uma religião ilícita e passou a fazer parte integrante do Império.
Ø  Severo (192 d.C.): Encerrada a dinastia nerva-antonina, ruge mais uma vez a malícia persecutória; os preconceitos e a fúria da multidão ignorante, culpando os cristãos pelas desgraças acidentais, reeditam-se leis obsoletas em relação aos adeptos do cristianismo.
o   Até o século II, as ações persecutórias encontravam-se circunscritas às autoridades e ao nível das províncias romanas. Conforme destaca G.E.M. de Ste Croix, o poder imperial, nesta época, não intervinha diretamente sobre a questão dos cristãos, a qual ficava a cargo dos governadores de província (STE CROIX, 1963, p. 7). Todavia, quando se inicia o século III, visto que o cristianismo estava estabelecido em todo o Império, a ponto de Tertuliano, que viveu nessa época, registrar, uma hipérbole com certeza, que se os cristãos houvessem se retirado em massa dos territórios romanos, o império teria ficado grandemente despovoado. E o apologista registra o clima anticristão que predominava naquele momento: “Se o Tibre chega às muralhas, se o Nilo não se eleva até os campos, se o céu não provê chuva, se há terremotos, se há fome ou peste, imediatamente grita-se, ‘Os cristãos ao leão’. Tantos para um?”
§  O que fica claro nessas palavras de Tertuliano é que os cristãos se transformaram em bodes expiatórios no transcorrer do século III, passando a ser os principais inimigos internos do Império Romano: depreciadores dos valores romanos, perturbadores da paz dos deuses, e na visão do governo colcoando em risco a manutenção da própria res publica.
o   A partir deste contexto o poder imperial passa a tratar a questão do Cristianismo, como grande perigo de desestabilização, de modo que os imperadores passaram a se envolver diretamente com a questão cristã, em especial Décio, Valeriano e Diocleciano.
Ø  Décio (249 d.C.): A primeira perseguição em todo o Império. Aborrecido com seu antecessor (Felipe) e enciumado com o avanço do cristianismo, visto que os templos pagãos começavam a ser abandonados e as comunidades cristãs cada vez mais cheias, Décio vai colocar todo seu esforço para erradicar o cristianismo do Império e para isso promulga um decreto, cujo teor disserta Dreher (2004, p. 54):
o   A partir de 249, imperadores naturais da llíria procuraram, através de uma concentração de forças, salvar a unidade do Império. Contra as forças desagregadoras dos cultos orientais é que se voltou o edito do imperador Décio (249-253), no ano de 250. Segundo o edito, todos os habitantes do Império tinham que sacrificar aos deuses e ao gênio do Imperador. Feito o sacrifício, o autor do mesmo recebia um certificado. O edito não se dirigia especificamente contra os cristãos, mas atingi-os em cheio, pois os adeptos das comunidades cultuais não cristãs realizavam os sacrifícios sem maiores escrúpulos. As religiões sincretistas não proibiam tal sacrifício. Para os cristãos, a situação era diferente. Para eles, o sacrifício significava automaticamente prisão, perda da propriedade e morte.
o   Contribui para isso o fato de que a igreja cristã estava subdividida em inúmeras facções. Na ilha de Creta, o governador, sumamente ativo na execução dos éditos imperiais, fez correr rios de sangue dos piedosos cristãos. Era exigido que os cristãos renunciassem sua fé, e que se submetessem aos ritos da religião imperial. Os que se submetessem receberiam um Certificado de Sacrifício (libellus) da Comissão sacrificial local e assim seria inocentado da suspeita de minar a unidade religiosa do Império.
§  Sob tanta pressão muitos cristãos sucumbiram; muitos pagaram propinas para adquirirem um certificado. Entretanto, muitos se recusaram e preferiram enfrentar a morte, como Fabiano de Roma (Cipriano de Cartago. Epístolas 75,3) e Bablas de Antioquia (História Eclesiástica VI. 39, 4). Orígenes, o célebre presbítero de Alexandria, foi preso aos sessenta e quatro anos e torturado violentamente, enquanto outros líderes precisaram fugir – como Cipriano de Cartago (Epístolas 2,1).
o   De acordo com documento da época - as Epístolas de Cipriano de Cartago – podemos perceber que está terrível política imperial alcançou um relativo, e rápido, êxito, pois muitas comunidades, sem suas lideranças, apostataram (Cipriano de Cartago. Tratado sobre os apóstatas 8; cf. História Eclesiástica, de Eusébio de Cesaréia).
Ø  Valeriano (257 d.C.): Sete anos após a morte de Décio, em 257, Valeriano promulgou dois editos que definiram as diretrizes da perseguição e a ilegalidade do Cristianismo. A perseguição promovida por Valeriano objetivava a destruição das comunidades cristãs a partir do confisco de seus bens e da destruição física de suas principais lideranças e notáveis (tática usada por Hitler em relação aos judeus alemães e todos os regimes totalitários).
o   Perdurou por longos e terríveis três anos e dez meses. Foram inumeráveis os mártires dessa perseguição; suas torturas e mortes eram variadas e penosas. Estêvão, bispo de Roma, foi decapitado; Saturnino, o piedoso bispo ortodoxo de Toulouse, teve seus pés atados à cauda de um touro, e o enfurecido animal desceu em disparada as escadarias do templo. No ano 258 d.C, Marciano, que dirigia os assuntos do governo em Roma, conseguiu uma ordem do imperador Valeriano para matar todo o clero cristão que atuava na capital do império e por ordem dele, o bispo Sixto e seis de seus diáconos sofreram o martírio.
o   Na África, a perseguição rugiu com peculiar violência; milhares foram martirizados. Cipriano, bispo de Cartago, um pregador piedoso e cortês, em 250 d.C, ele foi publicamente proscrito pelo imperador Décio e todos os seus bens confiscados; em 257 d.C, foi desterrado para uma pequena cidade, no mar da Líbia; mas depois de outro tribunal, foi condenou à decapitação, sentença executada no dia quatorze de setembro de 258 d.C.
§  A título de exemplo, é oportuno transcrever a mísera sorte do imperador Valeriano, que durante muito tempo, e tão duramente, perseguiu os cristãos. Este tirano foi feito prisioneiro, mediante um estratagema, por Sapor, imperador da Pérsia, que o levou ao seu próprio país e tratou-o ali com a mais inusitada indignidade, ao fazê-lo sempre ajoelhar-se como o mais humilde escravo e colocar sobre ele os pés, como se fora uma banqueta, quando montava em seu cavalo. Depois de tê-lo humilhado durante sete anos neste abjeto estado de escravidão, fez com que lhe tirassem os olhos, apesar de já possuir oitenta e três anos de idade. Ainda não saciados os seus desejos de vingança, ordenou que o esfolassem e esfregassem lhe sal na carne viva. Sob tais torturas, morreu Valeriano, um dos mais tiranos imperadores de Roma e um dos maiores perseguidores dos cristãos. (Eusébio de Cesareia. História Eclesiástica VII, 13,1; Lactâncio. Sobre a morte dos perseguidores 5,2-5).
Ø  Galieno (253-268). Com a morte de Valeriano, assumiu seu filho que foi mais condescendente e durante seu reinado (exceto por alguns poucos mártires) a Igreja gozou relativa paz. Chegou a promulgar um rescrito pelo qual devolvia os lugares de culto e os bens às comunidades cristãs (cf. Eusébio de Cesareia. História Eclesiástica VII, 13,1), embora não tenha declarado o cristianismo uma religião lícita.
Ø  Diocleciano (284-305): O breve período de paz entre o Império e os cristãos será rompido por um dos períodos mais implacáveis de perseguição. Como autodenominado Pontifex Maximus o imperador tornar-se o zelador das tradições religiosas e cabia a ele buscar a benevolência dos deuses que garantiria a ordem e a prosperidade para o Império (BROWN, 1999:40).
o   Diante do risco permanente de motins entre seus generais, ele estabelece um colegiado do poder imperial, denominado na historiografia como Tetrarquia: um sistema político que baseava na promoção da concórdia e da uniformidade.
o   Então, após um período desde o rescrito de Galieno, a situação vai mudar radicalmente, ainda que não houvesse nenhum motivo para isso, como descreve Moses I. Finley (1991, 170):
·         Cristãos ocupavam cargos públicos, e eram leais (ou tão indiferentes) ao Império como qualquer outro grupo, não havia nenhuma grande pressão popular no sentido de eliminá-los, no sentido de torná-los bodes expiatórios da peste e da fome; em suma, não havia nenhum motivo político ou social visível para que Diocleciano, quase ao final de seu reinado, decidisse esmagar essa religião.
o   O que aconteceu então? O historiador Paul Veyne nos ajuda a entender essa drástica mudança. Próximo do ano 300, Diocleciano elabora um decreto visando uma pureza moral do Império Romano. Para ele somente a volta do respeito às veneráveis e puras normas das leis romanas fariam com que os deuses fossem mais indulgentes com Roma ao “virem que todos os súditos do imperador levam uma vida piedosa, devota, tranquila e pura” (VEYNE, 2010, p. 245).
o   Entretanto, este desejo nostálgico-religioso do imperador vai encontrar nos cristãos um obstáculo, pois eles além de estarem espalhados por todo o império são obstinados em sua adoração exclusivista – é preciso quebra-los – quatro editos serão promulgados (Lactâncio 12,2; 13,1; Eusébio de Cesaréia – História Eclesiástica, VIII, 2, 1-5; BARNES, 1981, p. 23):
§  Toda literatura cristã deve ser entregue às autoridades imperiais para serem queimadas;
§  Seus lugares de culto devem ser demolidos;
§  Seus direitos legais foram suprimidos;
§  Os cristãos proeminentes (honestiores) tiveram seus privilégios suprimidos;
§  Um número crescente de cristãos foi aprisionado;
·         O segundo e terceiro editos endurecem ainda mais a perseguição:
·         As lideranças cristãs são presas (bispos, presbíteros, diáconos);
·         Somente após o cristão efetuar um sacrifício público aos deuses, ele ficaria livre da prisão.
Ø  Declínio das Perseguições Imperiais
o   A partir da abdicação de Diocleciano e Maximiano as perseguições no Ocidente declinam rapidamente. No Oriente o maior perseguidor, Galério, tomado pela enfermidade, edita um decreto cessando a perseguição aos cristãos e solicitando-lhes que orem por ele e pela res publica (LACTANIO, 34, 1-5; CESAREIA, VIII, 17, 3-10). Este decreto é o marco histórico da definitiva liberdade de ser cristão. Em seu comentário sobre esse decreto, F. Ruggiero afirma:
·         Os cristãos foram um inimigo extremamente anômalo. Por mais de dois séculos Roma tinha procurado assimilá-los ao próprio tecido social… estavam fisicamente no interior da civitas Romana, mas por motivos diversos eram-lhe estranhos; tinham finalmente determinado uma radical transformação da própria civitas em sentido cristão.
o   Mas apesar de Maximino Daia, no Oriente, manter a perseguição contra os cristãos, utilizando como argumento as calúnias contra Cristo, contidas no documento apócrifo “Atas de Pilatos”, no final vai prevalecer o “Edito de Tolerância de Galério”,[1] que revoga os editos persecutórios, e inclui entre as divindades que protegem o Império Romano, o Deus dos cristãos. A partir daqui se estabelecem as bases das relações do cristianismo com o poder imperial, não apenas no século IV, mas no Governo de Constantino I e além.
o   O Cristianismo goza agora de um status de religião lícita (religio licita), que somado à vitória de Constantino sobre seu maior concorrente Maxêncio, na famosa Batalha da Ponte Mílvio, em 28 de outubro de 312 (cf. CESAREIA, IX, 9, 1-13; Vida de Constantino I, 38-40, 1-2) e a conferência imperial de Milão, entre Constantino e Licínio (308-324), acrescido da derrota de Maximino Daia para Licínio (cf, CESAREIA, IX, 10. 1-5), transforma a religião cristã, até então ilícita e perseguida, em uma religião lícita e favorecida pelos futuros imperadores romanos.
Sem nos determos em detalhes, podemos estabelecer uma espécie de estatística entre os anos 64 e 313, isto é, sobre um período de 249 anos, e chegarmos, conforme cálculos de Giordani (2002, p. 331), a cento e vinte e nove anos de perseguição religiosa para cento e vinte anos de tolerância:
o   Século I: 6 anos de perseguição e 28 de tolerância.
o   Século II: 86 anos de perseguição e 14 de tolerância.
o   Século III: 24 anos de perseguição e 76 de tolerância.
o   Século IV: 13 anos de perseguição.

Imperador Constantino: Herói ou Vilão?

Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Reflexão Bíblica

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[1] É também denominado de “Édito de Tolerância de Nicomédia” e foi um édito datado de 311 d.C. e emitido pela tetrarquia de Galério, Constantino I e Licínio, oficialmente colocando um fim à perseguição promovida por Diocleciano aos cristãos.

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